Conheci o Professor Aldo Santos
pouco antes de 2007, num evento na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo.
Foram apenas um cumprimento, um sorriso e um aperto de mão.
Pouco mais tarde, o reencontrei
na primeira Reunião de Representantes de Escola da Subsede da Apeoesp de São
Bernardo do Campo, no ano de 2007. Estávamos, naquele momento, em organizações
políticas diferentes. Mas foi impossível não reparar na capacidade de liderança, na fala cheia de
coragem, na firmeza daquele que viria a ser um forte adversário político no sindicato
durante tantos anos.
O tempo passou e a vida nos
colocou frente a frente de um outro modo. Fui atacada covardemente por forças
que operam contra aqueles que lutam com a sinceridade que qualquer um que se
pretende minimamente revolucionário deve ter.
E quem estava lá para defender a
justiça? Aldo Santos. A seu modo impassível, mais uma vez pude ver o Professor
Aldo abrir a boca para proferir palavras em nome de quem entrega a vida para a
luta. Este episódio foi um divisor de águas.
Não que eu não o respeitasse
antes disso. Não que eu já não conhecesse a sua tão corajosa história de luta.
Não que eu já não reconhecesse a sua liderança. Mas os "mares revoltos da
História" nos colocaram, a partir dali, do mesmo lado organizativo.
Talvez poucos reparem, mas por
detrás de suas falas firmes e uma coragem que poucos carregam, existe um
fotógrafo, um escritor, um cultivador de flores, um pai, um avô, um grande
amigo.
Hoje posso dizer com muito
orgulho, que estou na luta da classe trabalhadora ombro a ombro com ele.
Afinal, ele não soltou a minha mão num momento muito complicado. Agora, sou eu
que não solto a mão dele.
Professora Alessandra Fahl Cordeiro Gurgel
Professora Alessandra Fahl Cordeiro Gurgel